quinta-feira, 19 de maio de 2011

18 de Maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes


É difícil para a maioria das pessoas imaginar um adulto tendo prazer sexual com uma criança, mas a realidade que nos cerca cada vez mais está mostrando como isso é real, doloroso e deixa marcas severas na vida dos envolvidos.

Até muito recentemente, o abuso sexual de crianças era tratado como um assunto proibido na sociedade. Entretanto, de alguns anos pra cá esse tabu vem sendo quebrado, principalmente por conta da ação dos movimentos feministas, visto ser a mulher a vítima mais comum. E o que tem sido encontrado é alarmante, não apenas em frequência de tais práticas, mas também em termos de conseqüências biopsicossociais. A criança, além de todo o sofrimento durante o abuso sexual, pode sofrer danos a curto e longo prazo; e uma simples intervenção precoce e efetiva pode modificar todo o desenvolvimento da criança.

Abuso Sexual é definido como qualquer conduta sexual com uma criança por parte de um adulto ou outra criança mais velha. Isto pode significar atividades com ou sem penetração, como tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou também o contato oral-genital. Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a uma criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno. Enfim, é caracterizado como qualquer ato de violência praticado quando alguém se utiliza de uma criança para sentir prazer sexual e é levado em conta toda ação que envolve a questão do prazer sexual quando a criança não for capaz ou não tiver idade para compreender, consequentemente provocando culpa, baixa autoestima, problemas com a sexualidade, dificuldade em construir relações duradouras e falta de confiança em si e nas pessoas. Com tudo isso, sua visão do mundo e dos relacionamentos se torna muito diferente do jeito das outras pessoas.

Diante do exposto, após tomar conhecimento de uma situação de abuso sexual é importante amparar a vitima, dando apoio, amizade e transmitindo segurança, pois esta criança poderá estar com sua confiança abalada e geralmente não acredita que alguém possa ajudá-la e procurar apoio para que possa ser denunciado o caso, pois é denunciando que podemos combater o problema, a omissão, além de permitir a continuidade do abuso e a impunidade do abusador, também é crime, punido por lei. Não podemos fechar os olhos, fingir que abuso sexual “só pode acontece na família dos outros” ou mesmo negar que este tipo de prática exista. Deixar de denunciar só favorece sua perpetuação.

Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
 

 90% dos abusos sexuais ocorrem por autoria de pessoas próximas ou da própria familia;

75% dos abusos ocorrem dentro do próprio lar, e o muro do silêncio impede a proteção da vítima;

Mais de 100 crianças e adolescentes são vítimas de abuso sexula no Brasil;

Menos de 1% dos abusos sexuais contra crianças e adolescentes  são denunciados;

Dados segundo Associação Brasileira de Crianças Abusadas e Negligenciadas (Dez/2009)



As 10 perguntas mais frequentes:

1. O que é abuso sexual contra crianças e adolescentes?
É o uso de crianças ou adolescentes para gratificação sexual de um adulto ou adolescente maior , sendo induzida ou forçada, com ou sem violência.

2. Existe um grupo de risco?
Não existe um grupo de risco para a violencia sexual, todos estão sujeitos, independente de sexo, cor ou razão ou classe social.

3. Devo acreditar em crianças quando revelam um abuso sexual?
Se a criança chega a relatar algo, podemos considerar como um indício. O melhor é procurar uma ajuda especializada (Conselho Tutelar).

4. O abusador é sempre uma pessoa mal encarada?
O abusador, na maioria das vezes, é uma pessoa conhecida da criança (amigo da familia ou parentes).

5. O que é exploração sexual de crianças e adolescentes?
É a troca ou aluguel de serviços sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Tais serviços podem ser através de prostituição infantil ou da barganha de itens em troca de sexo.


6. Somente meninas são exploradas sexualmente?
Tanto meninas quanto meninos podem ser explorados sexualmente.


7. A criança ou adolescente que se prostitui é "sem vergonha"?
Devemso descaracterizar esta imagem das crianças, pois muitas vezes a prostituição infantil é fruto da exploração de pais ou terceiro, não de atitudes própria da criança.


8. É crime faze uso de serviços sexuais de crianças e adolescentes?
É crime penalizado por lei. Quem usufruir de serviços pode ser condenado de 2 a 6 anos de prisão (sedução e corrupção de menor);

9. Devo denunciar quando encontro uma criança ou adolescente na prostituição?
É nossa obrigação como cidadãos e representantes da sociedade civil denunciar casos de prostituição que envolvam crianças e adolescentes.

10. Para quem devo denunciar o abuso ou exploração sexual de uma criança ou adolescente?
Devemos denunciar ao Conselho Tutelar da cidade, A Delegacia de Polícia ou a Central Nacional de denúncias contra a Criança (disque 100). 




Fontes:
http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0299&area=d11
http://www.esperanca.com.br/2010/04/abuso-sexual-infantil-supernecessario-saber/
http://www.virtualpsy.org/infantil/abuso.html
http://analgesi.co.cc/html/t34316.html



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