domingo, 4 de setembro de 2011

A Escola dos bichos

Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os problemas do mundo.

Para isso, eles organizaram uma escola. 


A escola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluíam correr, subir em árvores, em montanhas, nadar e voar.

Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as matérias. 
O pato se deu bem na natação; até melhor que o professor. 

Mas quase não passou de ano na aula de voo e estava indo muito mal na corrida. Por causa de suas deficiências ele precisou deixar a natação um pouco de lado e ter aulas extras de corrida. 
Isso fez com que os seus pés de pato ficassem muito coloridos, e o pato já não era mais tão bom nadador como antes. 

Mas estavam passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém, exceto, claro, ao pato. 

O coelho era de longe o melhor corredor, no princípio, mas começou a ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação. 

O esquilo era excelente em subida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na aula de voo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um galho alto. Com tanto esforço ele tinha câimbras constantes, e foi apenas “regular” em alpinismo, e fraco em corrida. 

A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à autoridade. Nas provas de subida era invencível, mas insistia sempre em chegar lá a sua maneira. Na natação deixou muito a desejar. Cada criatura tem capacidades e habilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem, mas quando alguém as força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração e até de culpa, provoca a mediocridade e derrota total. 

Um esquilo é um esquilo; nada mais que um esquilo. Se insistirmos em afastá-lo daquilo que faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir incapaz. 

A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida a pé.  No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, é claro, que a águia esteja com fome! 

O que dizemos das criaturas da floresta vale também para as pessoas. Deus não nos fez iguais. Ele nunca quis fossemos iguais. Temos que entender as nossas diferenças, reforçar o que nos faz singulares e aproveitar para descobrir nossas capacidades especiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou???? Comente então!!!!
Se não tiver blog..deixe seu e-mail para que eu possa retornar o carinho!!!